Inédito essas pessoas no Banco dos Réus

É realmente um momento histórico. Nós todos aqui, principalmente os que têm um pouquinho mais de idade, como eu, a gente viu o que aconteceu em 1964. Eu era pequenininha, mas eu sei o que foram os anos de chumbo e todo mundo sabe o que foram os anos de chumbo. E você nunca viu um general, um militar, um capitão torturador no banco dos réus. Agora, nós temos um ex-presidente da República, pela primeira vez um ex-presidente da República no banco dos réus, por tentativa de golpe de Estado nesse país e nós temos três generais de quatro estrelas do Exército Brasileiro, um almirante de quatro estrelas da Marinha e mais um Tenente-Coronel da Ativa, que é o Tenente-Coronel Mauro Cid do Exército. O Mauro Cid, ele já perdeu a oportunidade de promoção, ele já estava sem função e agora ele subjude-se, ou seja, ele está um párea dentro do Exército Brasileiro. Isso quer dizer o quê? Quer dizer que sim, a democracia tem que valer para todos e isso significa a democracia que defende e a democracia que julga devidamente e que pune quando é necessário punir. Portanto, É um momento muito importante em que todos temos que ter sobriedade e acompanhar esse julgamento pensando no seguinte, a democracia resistiu no Brasil e o Supremo vai agir dentro da democracia e sob aplausos da população brasileira que quer democracia, estado democrático de direito e que quem errou seja punido.

Golpista do Golpe de Estado é solta e causa revolta

Com a golpista do batom agora em prisão domiciliar, essa é a melhor análise que você vai ver hoje, principalmente na pontuação do Otávio Guedes. Vai por mim, vale a pena ver esse vídeo até o final. Quando a mulher está presa preventivamente e tem filho menor de 12 anos, a ela é facultada a possibilidade de cumprir a preventiva em domiciliar. A gente não está falando da condenação, a prisão preventiva. Então aí, nesse caso, o que o Ministério Público está fazendo é mantendo a regra que existe para todo mundo, sem diferenciar muito. Júlia, eu só não gosto de indignação seletiva. Ou seja, eu vou me indignar com um caso, mas não vou me indignar com outro. Então quem se indigna com o caso da Debra, e tem que se indignar, mas também tem que se indignar no Brasil, presas grávidas dão à luz algemadas. na cama. Um trabalho de parte são algemadas. Um defensor público me ligou e falou assim, pô, curioso esse país, né? Acabei de perder um processo porque tem uma presa que tá grávida, foi dar a luz e ela fez o par, fizeram o par dela com ela algemada. As duas mãos assim, duas algemas e presa na cabeceira. E eu falei… Aquelas minhas perguntas de curiosidade, quando o filho nasce? Não, não fica com ela porque ela está algemada. Então aí não tem indignação nesse caso. Então tem que ter indignação nos dois casos. Não dá para ser seletivo. Ah, eu sou simpático à causa da Débora, então vamos ver ali a mulher, a questão de humanidade. e não ser caso de 35% das mulheres, das presas grávidas, dão à luz nesse país algemadas. Então vamos ter indignação com tudo. Esse que é o meu ponto. Não à toa que os ministros falam que o processo não tem capa, porque na capa vem o nome, e não à toa que o símbolo dessa discussão nossa é a estátua da justiça do Alfredo Seschiatti, que foi pichada pura pela Débora Rodrigues Combatom, E ela tem os olhos vendados, fazendo uma alusão ao mito da justiça, enfim, a deusa grega e tal. Tem os olhos vendados e abalança, porque ela não sabe sobre quem ela está falando, deveria ser assim. Então a lei tem que valer para todo mundo, né? É essa a lógica. E o que tem que ser observado é o contexto. Aqui o que se discute é, foi só o batom? É só uma pichação de batom ou são os outros crimes que vêm junto com a participação dela numa manifestação que tentava aplicar um golpe de Estado? Então, a discussão é exatamente essa. Agora, enfim, é isso que vai movimentar o julgamento. Então, esse é o primeiro ponto, quer dizer, não dá para ter indignação seletiva, senão a gente começa a usar pessoas para manipular, os grupos políticos começam a usar pessoas para manipular sentimentos. Então, por exemplo, a Débora, se tivesse morrido de Covid, provavelmente o Bolsonaro estaria tirando sarro disso como fez com as mais de 700 mil pessoas que perderam suas vidas.

Começa Julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro

Começou nesta terça-feira (25/03) o Julgamento do ex-presidente da república Jair Messias Bolsonaro no Brasil pelo golpe de Estado. O Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes fez a…